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Sem título...



Injustificável ver o que vejo, o que vejo não me cura e nem me sacia. O que me alivia é o sentir do pulsar das emoções, as boas sensações de preferência. Algumas pessoas retardam meus sentimentos, mas é no retardar que eles tornam-se cada vez mais sensível, mais incomum e talvez me torne mais humano com todas essas frescuras. O frieza me foi útil quando eu precisei ser e estar, mas nunca me acrescentou. Gerou ódio no meu coração e sem saber quem estava me tornando me olhei e percebi onde faltavam virgulas, troquei a interrogação pela exclamação e achava excitante ser atendido, ser coeso no meio deles. Tive amigos que levavam de mim apenas esse título, mas não me percebiam ou não me sentia propositalmente e por um bom tempo reprimi meus sentimentos verdadeiros, reais, sentimentos bons. Sabe, uma hora você senta e arqueja um  sopro quente de alívio, você cansa, sempre. Até mesmo do que é bom. E fui andando sem pensar na possibilidade de olhar pra trás. Fui expulso, esmagado, humilhado, exonerado da vida de pessoas e mais pessoas apenas porque me tornei no que menos queria. Mas isso faz tempo, muito tempo... É estranho perceber que as pessoas te querem apenas pra se sentir melhores, pra sorrir ou se divertir sem se preocupar se você pode ou não. Sem perceber que eu estaria precisando de ajuda. Até o palhaço mais alegre do circo pode chorar num dia de folga. Por que eu seria diferente se eu era tão comum? Emocionei-me outro dia no meio das minhas gavetas encontrei uma carta de alguém aparentemente especial pra mim que dizia:... 
''O AMO, MAS ME ESQUEÇA!''

E foi embora, mas não percebi a porta bater. E esqueci e esqueci...

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